Levantamento da plataforma de formação CM School mostra que 57% dos profissionais interessados na gestão de comunidades são mulheres e que a maior parte deles tem entre 25 e 34 anos
Mulher, jovem entre 25 e 34 anos e atuante nas áreas de marketing, branding, customer experience e inovação. Esse é o perfil mais comum do Community Manager (gestor de comunidades) no Brasil. O levantamento foi feito com base nos 2,4 mil membros ativos da CM School, plataforma de conteúdo, cursos, treinamentos e mentoria personalizada para profissionais que gerenciam (ou pretendem gerenciar) comunidades de marcas e negócios. A empresa, que lançou o primeiro curso de Gestão Estratégica de Comunidades, em maio de 2019, é referência nesse mercado no país.
A gestão de comunidades é uma profissão nova, que está em pleno crescimento e com grande potencial para continuar avançando em ritmo acelerado. A atividade foi favorecida, nos últimos anos, pela necessidade das empresas de intensificar o engajamento de seus públicos de interesse — clientes, colaboradores e fornecedores, por exemplo — em torno de marcas, produtos ou iniciativas. O impulso para a profissão também veio da disseminação das redes sociais e, mais recentemente, das novas conexões criadas pela circunstância da pandemia.
As comunidades existem para que as pessoas compartilhem ideias, gostos e inclinações, e o Community Manager atua exatamente para reforçar os laços de uma comunidade, usando estratégias específicas para isso. Além disso, o profissional de gestão de comunidades trabalha para expandi-las e para garantir que os membros fiquem a cada dia mais engajados.
Os membros da CM School em geral elaboram estratégias de gestão de comunidades, mas nem todos têm o título de gestor de comunidades: 31% se autodeclaram Community Managers e 21% são executivos de empresas atuantes nas áreas de marketing, branding, customer experience e inovação.
Existem, ainda, profissionais inseridos em comunidades de clientes da empresa, mesmo que o negócio não tenha uma área estruturada de gestão de comunidades — estes são 19%. Entre os membros ativos da plataforma, 16,2% são donos de negócios em busca de mais conhecimento sobre o tema.
O levantamento mostra também que 24,9% dos integrantes da comunidade da CM School atuam nos setores de marketing e publicidade. Em seguida vêm os setores tecnologia (13%), comunidades (10,6%) e educação (10,4%).
Em termos de conteúdo, os interesses são variados. Da comunidade da CM School, 21,3% querem aprender como montar uma comunidade do zero. Destaque também para aprofundamento em comunidades online (19%), aperfeiçoamento em técnicas de marketing, vendas e crescimento com comunidades (16%), ajuda para métricas como KPIs (8%) e inspiração com cases de sucesso (7,3%).
Mercado global para o Community Manager
De acordo com dados do Linkedin, no mundo os profissionais que atuam como gestores de comunidade já somam 4,6 milhões, em 64 países. Na América Latina, esse público é de cerca de 300 mil profissionais, principalmente em países como Brasil, Colômbia, Argentina e México.
Pesquisa recente da CMX, referência global em indicadores do segmento, 87% dos profissionais dizem que as comunidades são fundamentais para o cumprimento da missão das empresas nas quais atuam e 62% afirmam que sua organização aumentará os investimentos neste nicho.
Engajamento é a palavra-chave
O CEO da CM School, Emiliano Agazzoni, ressalta que os influencers digitais são apenas uma das pontas da dinâmica da gestão de comunidades. Nos últimos anos, eles transformaram a maneira como as marcas lidam com seus públicos, aumentando o engajamento por meio do compartilhamento de conteúdos que são atrativos para seus seguidores. Mas a gestão de comunidades vai muito além disso, abordando a questão de uma maneira bem mais ampla.
“Engajamento é a palavra-chave, um ativo que todas as empresas almejam. Hoje é fundamental ter uma comunidade engajada em torno do negócio para aumentar a retenção dos clientes conquistados ao longo dos anos. Para isso, a atuação do Community Manager é essencial”, afirma Agazzoni.