8 de outubro de 2024

Impulsionando uma visão feminista na coleção Prêt-à-Porter

Sabemos que o feminismo é um assunto muito importante a ser debatido. O feminismo nada mais é do que a luta pelos direitos e igualdade de todos, inclusive, não são apenas mulheres que dependem do feminismo, adultos e crianças também.

Esse movimento já é antigo, e de pouco a pouco vem sendo debatido e conquistando mais espaço. O feminismo é uma luta incansável pelos direitos femininos e ao longo dos anos muitas conquistas foram alcançadas, como o direito de usar calças, direito de voto entre as mulheres, direito de estudar em boas universidades, direitos iguais entre homens e mulheres, lei Maria da Penha, Lei do Feminicídio, liberdade para controlar gravidez e vida sexual, dentre muitas outras conquistas.

O feminismo também é essencial para os homens. Muitos não acreditam, mas o feminismo liberta os homens de muitas amarras imposta pela sociedade, aos homens, como querer obrigar os homens a serem sempre fortes, dizendo que homens não choram, que homem sentimental é fraco ou afeminado, ou até dar um troféu homens que fazem nada mais nada menos que o mínimo pela sua família, como limpar a casa, fazer comida ou trocar as fraldas de seu filhos.

Infelizmente ainda encontramos uma sociedade com uma grande cultura machista, inclusive mulheres com comportamento extremamente machistas, julgando outras mulheres pelas suas vestimentas, por exemplo, em vez de se empoderar e se dar apoio! Porém com muita luta, de pouco em pouco o feminismo vai conseguir quebrar essas barreiras e impor uma nova linha de pensamento para as pessoas.

Por isso neste artigo vamos focar em falar sobre a relação do feminismo com as vestimentas e a visão feminista na coleção Prêt-à-Porter de Pierre Cardin que é uma coleção inovadora assim como da marcar Dior.

Impulsionando uma visão feminista na coleção Prêt-à-Porter – feminismo e sua relação com as vestimentas

Nos encontramos em pleno século XXI e infelizmente as mulheres ainda são julgadas pela forma de se vestir. Se usam roupas justas ou curtas são consideradas desvalorizadas e oferecidas, ou escutam comentários extremamente machistas e nojentos como “Essa está pedindo” ou até “É bonita, mas não é para casar”, mas se usam roupas mais largas ou bonés, são taxadas como masculinas e desleixadas, faltando delicadeza e feminilidade nas mesmas. 

No final, não importa a peça vestida, o julgamento sempre estará presente, por isso, não dar importância a esse tipo de comentário e ao que a sociedade pensa é extremamente necessário.

A coleção Prêt-à-Porter possui extrema importância para a evolução do feminismo. Que tal saber um pouco da história dessa coleção? 

A Prêt-À-Porter foi uma coleção elaborada para valorizar as mulheres, com peças que as deixassem elegantes, marcando sua cintura e possuindo saias mais armadas.

A intenção dessa coleção era transmitir beleza ao público, o poder das mulheres modernas através de suas roupas. 

O Sindicato dos Criadores de Moda se enfureceu e expulsou o estilista responsável por esse modelo de peça, dizendo que essa coleção destruiria o nome desse estilista, mas muito pelo contrário, apenas salvou o nome do mesmo. 

A ideia causou muita polêmica na época, por ser algo novo e ousado, mas em pouco tempo se tornou um ícone.

No Brasil, a coleção Prêt-à-Porter foi inserida na década de 70, pelas costureiras que copiavam a moda francesa pelas revistas. A modista Zuzu Angel, foi a primeira a costurar uma dessas peças, trazendo um novo conceito de moda para o Brasil, revolucionando a moda em nosso país.

Após ver seu filho ser torturado por lutar contra o governo militar, Zuzu criou uma coleção com estampas em suas peças que denunciavam o governo militar, com estampas de tanques de guerra, cores neutras e jipes. Em 1971, Zuzu liderou um protesto na embaixada brasileira dos Estados Unidos (já que ela havia se mudado do Brasil para lá). A luta de Zuzu só foi para quando, de forma suspeita, sofreu um acidente de carro em Abril de 1976.

Espero que tenham gostado deste artigo “Impulsionando uma visão feminista na coleção Prêt-à-Porter” e tenham entendido um pouco de sua história e sucesso!