18 de abril de 2024

Novo estudo revela perigos com o uso indiscriminado de antibióticos para dor de garganta

O uso inadequado do medicamento está alimentando a questão global da resistência bacteriana, que tem se tornado um desafio diário para profissionais de saúde, e está associada a 4,95 milhões de mortes por ano¹

Novembro, 2022 – O uso inadequado de antibióticos revela uma alta dependência desse tipo de medicamento, agravando a questão da resistência a eles em todo o mundo, associada à morte de 4,95 milhões de pessoas por ano, como aponta a análise sistemática da incidência global da resistência à antimicrobianos (AMR – do inglês antimicrobial resistance), produzida por um grupo de pesquisadores chamado “Colaboradores da Resistência Antimicrobiana” e publicada na revista The Lancet, em janeiro deste ano.

A iniciativa Global Respiratory Infection Partnership (GRIP), que busca defender, de maneira consistente e sustentável, o uso racional de antibióticos, a partir de uma série de ações de conscientização sobre os efeitos da resistência bacteriana, em parceria com a Reckitt Health & Nutrition Comercial – divisão de saúde e nutrição do Grupo Reckitt* e apoio da marca Strepsils, vai lançar o estudo “Sore Throat & Antibiotic Resistance (STAR)”, que explora a incidência de doenças respiratórias e seus sintomas, comportamentos e atitudes relacionadas a infecções do trato respiratório superior e o uso de antibióticos para os sintomas respiratórios. O estudo será publicado durante a Semana Mundial de Conscientização Sobre o Uso de Antibióticos, promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e apoiada por diversas entidades no mundo, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que acontece de 18 a 24 de novembro.

O antibiótico é uma substância capaz de eliminar e/ou combater a multiplicação de bactérias. No entanto, o emprego desse medicamento é ineficiente em boa parte dos casos de dor de garganta, resfriado e gripe, uma vez que a maioria deles é provocada por vírus. O seu uso indiscriminado, especialmente para tratar infecções que não são causadas por bactérias, no entanto, vem fazendo com que esses organismos se tornem cada vez mais resistentes aos tratamentos, ocasionando um grave problema em todo o mundo².

O estudo (STAR)³, realizado em 12 países, incluindo o Brasil, durante o mês de maio de 2022, envolveu 12 mil pessoas, de 18 anos a 64 anos, que haviam experimentado e tratado sintomas respiratórios nos últimos seis meses. O material mostra que mais da metade dos adultos pesquisados havia tomado antibióticos para uma condição respiratória, como dor de garganta, apesar desse tipo de medicamento ser ineficaz para oito em cada dez casos desse tipo de sintoma. No Brasil, a pesquisa aponta que 43% dos participantes usaram antibiótico para dor de garganta; 53% fizeram o uso a partir de prescrição médica; 12% compraram sem prescrição; e 12% receberam de um farmacêutico.

Quando colocado o recorte de idade entre 25 anos e 34 anos, o estudo aponta que 80% dos entrevistados acreditam que os antibióticos são eficazes para a dor de garganta e 48% sentem que não possuem conhecimento suficiente para tratar doenças respiratórias sem antibióticos. A pesquisa também mostra que 43% se sentiriam ansiosos se fossem tratados de doenças respiratórias sem antibióticos.

Recortes da pesquisa também sugerem que a falta de conhecimento sobre como tratar dor de garganta está contribuindo para uso excessivo de antibióticos: mais da metade dos pacientes em geral pensa que o medicamento é uma maneira eficaz de tratar doenças respiratórias, sendo que sete em cada dez concordam que as pessoas estão colaborando para a resistência aos antibióticos toda vez que tomam.

Para Daniel Torres, gerente geral da Reckitt Health & Nutrition, “o Grupo Reckitt, como signatário do GRIP, está comprometido em contribuir para a conscientização dessa realidade, para preservar a eficácia de antibióticos agora e no futuro. Essa parceria que temos é muito importante para colaborarmos com o tema”.

De acordo com Fabrizio Ricci Romano, otorrinolaringologista e doutor em Ciências pela FMUSP, “o aumento dos índices de resistência bacteriana é um grave problema de saúde pública e o uso inadequado de antimicrobianos nas faringotonsilites é uma de suas causas. O correto diagnóstico das faringotonsilites, diferenciando-as entre virais ou bacterianas, ajuda a mitigar a prescrição incorreta. O controle sintomático dos pacientes é importante nas duas situações”, explica.

Nova pesquisa

Para a divulgação do estudo, a Reckitt Health & Nutrition Comercial, por meio da sua marca Strepsils, esteve presente no 52º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia & Cirurgia Cérvico-Facial, que ocorreu de 17 a 19 de novembro, no Centro de Convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), em Porto Alegre (RS).

Durante um simpósio-satélite apresentado no evento sobre “O papel do otorrino no uso racional de antibióticos”, Geraldo Druck Sant´Anna, otorrinolaringologista e professor da UFCSPA, demonstrou algumas ações do GRIP, como o algoritmo sugerido para apoiar o profissional da saúde no aconselhamento e gerenciamento das IVAS (infecções de vias aéreas superiores), e dados do estudo STAR. Os médicos otorrinolaringologistas presentes foram convidados a participar da pesquisa com profissionais da saúde que irão auxiliar a Reckitt Health & Nutrition na construção de conteúdo de educação médica continuada e ações para o uso racional de antibióticos com entidades governamentais, médicas e pacientes.

Mitos e verdades

A fim de educar e conscientizar seus colaboradores, a Reckitt Health & Nutrition Comercial preparou uma ação interna. De 17 a 24 de novembro, seus colaboradores receberão uma programação rica em conteúdos sobre a resistência bacteriana, e o médico Fabrizio Rizzi Romano estará à disposição para esclarecer mitos e verdades sobre o tema.

Informações adicionais:

O estudo Sore Throat & Antibiotic Resistance foi realizado com 12 países: Brasil, Alemanha, Itália, México, Filipinas, Polônia, Romênia, Arábia Saudita, África do Sul, Espanha, Tailândia e Reino Unido (mil pessoas por país).

Sobre o GRIP

Global Respiratory Infection Partnership (GRIP) é uma iniciativa que busca defender, de maneira consistente e sustentável, o uso racional de antibióticos e no tratamento antimicrobiano. O GRIP acredita que a prescrição inadequada para infecções do trato respiratório, incluindo a dor de garganta, é a principal causa do uso excessivo de antibióticos e, por consequência, da resistência bacteriana.

Por isso, está comprometido em comunicar e alertar sobre a relevância desse tema com as partes interessadas, trazendo novas perspectivas aos profissionais de saúde e aos pacientes em relação as alternativas para o tratamento de infecções do trato respiratório, dores de garganta, resfriados comuns, gripe e tosse.

A Reckitt Health & Nutrition, fabricante de Strepsils, trabalha e apoia as atividades do GRIP.

Sobre o Grupo Reckitt

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