A prevenção do câncer do intestino grosso, ou câncer colorretal, é o tema de alerta do mês de setembro e o motivo pelo qual o Brasil lamenta a morte do ator global Luís Gustavo. Com mais de 20 mil novos casos ao ano no Brasil e uma taxa de mortalidade de 50%, a doença acomete homens e mulheres e é o segundo câncer mais comum no país depois dos tumores de pele não-melanoma. Num cenário mundial, é também a segunda neoplasia mais fatal.
“Sabe-se que a maioria dos casos de câncer do intestino grosso provém dos pólipos (adenomas) e, portanto, sua identificação e remoção, através da colonoscopia, possibilitam redução considerável no número de mortes relacionadas a esse tipo de câncer”, explica o médico cirurgião oncologista Dr. Esdras Zanoni, do corpo clínico do Centro de Oncologia do Paraná.
Com sintomas pouco alarmantes, considerados muitas vezes normal para as pessoas, como a constipação (bem comum principalmente entre as mulheres) e a diarreia, o médico destaca a importância do rastreamento do câncer de intestino. Todas as pessoas com idade a partir de 50 anos devem incluí-lo nas suas rotinas de consulta e exames.
“O rastreamento é definido como a investigação de pessoas assintomáticas e justificado pela alta prevalência deste tipo de câncer, que pode ser detectado em fase pré-maligna e é passível de ser curado. As taxas de sobrevida podem alcançar pelo menos 90% quando detectado precocemente”, elucida o especialista.
O câncer colorretal também é influenciado por fatores genéticos e hereditários, portanto, pessoas com histórico de câncer de intestino na família ou que já teve algum tipo de doença intestinal devem iniciar o rastreamento aos 40 anos de idade ou 10 anos antes do caso familiar mais precoce. Em famílias consideradas portadoras da Síndrome de Lynch, quando três ou mais familiares são diagnosticados com o câncer de intestino, o rastreamento deve se iniciar por volta dos 22 anos.
“A importância de se estabelecer populações de risco é orientar a idade de início do rastreamento e definir os intervalos de tempo para a repetição do procedimento”, conclui Dr. Zanoni.
Entendendo as faixas de risco
Médio risco: toda população com 50 anos completos, mesmo que sem outros fatores de risco para a doença.
Alto risco: subdividido em duas categorias, sendo o risco aumento e o risco alto propriamente dito.
– Risco aumentado: indivíduos com antecedente pessoal de pólipos ou de câncer colorretal já tratado; história familiar de pólipos ou câncer colorretal.
– Alto risco: todo aquele com história pessoal de doença inflamatória intestinal (Crohn e retocolite ulcerativa) de longa data; presença ou suspeita de síndromes hereditárias, como polipose adenomatosa familiar e HNPCC (câncer colorretal hereditário não-polipose).
Sobre o Centro de Oncologia do Paraná
Desde 1991, o Centro de Oncologia do Paraná se dedica ao tratamento do câncer, priorizando um atendimento exclusivo, sempre atualizado e com ênfase no relacionamento médico-paciente. Conta com um corpo clínico qualificado, com profissionais especializados na área de cancerologia, incluindo cirurgia oncológica, vídeo-cirurgia, oncologia clínica, mastologia, oncologia pediátrica, e oncologia ginecológica. Possui uma equipe multidisciplinar com especialistas em dermatologia, ginecologia, mastologia, urologia, hematologia, farmacêuticos, nutricionistas e psicóloga.