17 de outubro de 2024

Reforma do setor elétrico: o que está mudando e como isso afeta você

Entenda a importância da reforma do setor elétrico e saiba como ela afeta cada consumidor brasileiro

A reforma do setor elétrico é um tema relevante para o cenário político e social do nosso país. O setor de energia é essencial para movimentar a economia em razão de sua transversalidade, isto é, ele está presente em todas as cadeias produtivas de bens e serviços.

No entanto, esse setor apresenta uma série de problemas, que vão desde os altos preços até a falta de sustentabilidade. Visando tornar o processo mais eficiente e fazer com que alcance mais famílias, a reforma do setor elétrico se torna essencial.

Por que o setor elétrico é tão importante para o país?

O setor elétrico não é responsável apenas por fornecer energia para as cidades. Esse setor é um pilar que fortalece a autonomia e soberania nacional. Um país soberano precisa fomentar políticas que assegurem a geração e distribuição de energia em seu território.

Além disso, a eletricidade permeia todas as atividades humanas, o que envolve o desenvolvimento e a tecnologia. No Brasil, esse é um setor estratégico na sustentabilidade e na economia, atraindo a atenção de investidores estrangeiros.

Problemas enfrentados pelo setor de energia

Se você tem energia chegando livremente na sua casa e nunca teve nenhum aspecto da sua vida impedido a falta desse ativo, é possível que não saiba os principais problemas que afetam o setor de energia. Alguns deles são:

  • preços caros:  a conta de luz para a população brasileira, seja em residências, comércios ou indústrias, está entre as mais caras do mundo. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontou um aumento médio de 5,6% nas tarifas de luz no Brasil em 2024;
  • qualidade baixa: as regiões mais afetadas são Norte e Centro-Oeste. Entre os motivos estão: padrão da rede, infraestrutura, realidade financeira de cada estado e condições ambientais;
  • falta de acesso: embora estejam ligados ao sistema de energia, muitas famílias têm acesso restrito e precário ao serviço;
  • falta de transparência: o acesso aos dados é difícil, o que na maioria das vezes impede o consumidor de fazer uma reclamação ou buscar os seus direitos.

Reforma do setor elétrico: alterações nas políticas e regulamentos

A proposta de reestruturação do setor de energia terá a possibilidade de reduzir em 10% as contas de luz para as classes baixa e média. O projeto conta ainda com 3 eixos:

  • justiça nas tarifas: tem como objetivo equilibrar os custos entre os consumidores, permitindo que as pessoas de baixa renda sejam menos afetadas;
  • liberdade para o consumidor: a iniciativa visa liberar totalmente o mercado de livre energia para os cidadãos;
  • equilíbrio para o setor: será feita uma inspeção em benefícios para diferentes segmentos de forma desconcertada desse setor.

A ideia da reforma do setor de energia é promover uma reestruturação para tornar o setor elétrico mais eficiente, sem afetar diretamente a conta de luz do consumidor. Dessa forma, a proposta implica uma série de mudanças, entre elas:

  • liberação do mercado de energia: a pessoa poderá escolher a sua própria forma de energia, reduzindo a dependência do sistema nacional. Ela poderá ter sua própria usina hidrelétrica ou de fontes alternativas, como sistema de energia solar, eólica ou de biomassa;
  • transparência e comunicação: a população terá acesso a informações mais claras e compreensíveis;
  • modernização da infraestrutura: o objetivo é investir em redes inteligentes (smart grid) para aprimorar e melhorar os custos de qualidade da rede;
  • aumento da eficiência energética: a finalidade é criar políticas públicas mais eficientes, informar melhor a população e criar programas mais exigentes de eficiência energética dos aparelhos.

Esteja preparado para se adaptar às mudanças

Diante de tantas mudanças que nos esperam, precisamos estar preparados para lidar com as inovações no setor energético, pois a reforma exigirá consumidores mais bem informados. Buscar informações em sites confiáveis como a IDEC é o primeiro passo. Outro ponto importante é estar atento às principais notícias sobre o tema em veículos relevantes de informação.