O objeto de transição é um item de apego emocional bem comum no início da vida do bebê
O chamado objeto de transição é escolhido pela criança normalmente entre a idade de quatro a seis meses, e costuma ser algo que passe a sensação de segurança e aconchego.
Pode ser um bichinho, brinquedos, naninha, paninho ou até mesmo um som ou uma parte do corpo, do próprio bebe ou de outra pessoa, como braço, orelha, dedo ou mecha de cabelo. Por ser uma escolha subjetiva, pode até ser que a mamãe ou papai nunca perceba qual foi o objeto de transição escolhido pelo seu filho.
Algumas crianças optam por recorrer a um objeto de transição mais tarde, com um ou dois anos completos, ou, ainda, há crianças que acabam não escolhendo nenhum objeto de transição, e está tudo bem. Isso varia de criança para criança, e os pais podem ficar tranquilos, uma vez que ter ou não um objeto não vai causar nenhum problema.
O que são os objetos de transição?
Quando você notar que seu pequeno não larga um objeto por nada, carregando-o para todo lugar que vai, esse pode ser um objeto de transição escolhido por ele.
O objeto vai ser qualquer um ao qual a criança se apega e que sirva de conforto e segurança em momentos de medo, tristeza ou angústia.
Normalmente, esses objetos começam a fazer parte da rotina da criança no primeiro ano de vida. São usados principalmente por bebês, para os consolarem e compensarem a ausência da mãe.
Mamãe, o seu bebê vai sentir a sua falta em muitos momentos, você vai precisar se distanciar por algumas horas para trabalhar, descansar, resolver coisas fora ou por muitos outros motivos. Eles podem escolher um objeto de transição para compensar a sua ausência, e esses objetos vão servir como consolo para acalmá-los na hora do sono, do cansaço ou da insegurança, já que dão a sensação de aconchego.
Devido à atenção e aos cuidados maternos que o bebê recebe, ele passa a imaginar que ele e a sua mãe são a mesma pessoa, como um único ser. Com o passar dos meses, ele percebe a divisão das pessoas e se dá conta da sua individualidade.
Como nem sempre a mãe poderá estar presente para atender às suas necessidades, ele pode acabar buscando um objeto para apoio nessa fase de transição, principalmente na hora de dormir.
Essa fase pode durar pouco ou muito tempo, cada criança vai ter a sua necessidade. Os pequenos podem ter dificuldades de se afastar do objeto ou, ainda, podem desapegar deles rapidamente.
Tudo acontece de forma natural. A criança vai experimentar diversas situações que envolvem sentimentos com o objeto, seja amor, cuidado ou até raiva, tudo será um aprendizado para que ela saiba direcionar os sentimentos.
Mas se você é mãe ou pai e seu filho tem apego por um objeto de transição pode ficar tranquilo, eles são bastante úteis para o desenvolvimento dos bebês. Trata-se de um período importante para o desenvolvimento emocional e não significa um sinal de fraqueza ou insegurança.
Benefícios dos objetos de transição para a primeira infância
Paninhos, naninhas, brinquedos ou bichinhos podem ser úteis para os pequenos durante as fases de transição da primeira infância.
Na hora do desmame, por exemplo, tanto do leite materno quanto de fórmula infantil, muitos bebês ou crianças pequenas podem se sentir mais seguros ao adotarem um objeto de transição durante essa fase.
Em outro momento, dormir sozinho em uma cama ou quarto novo pode ser desafiador para o seu filho, e ter um objeto especial escolhido por ele pode ajudar a acalmar e passar pela mudança com mais tranquilidade.
Esses objetos acabam se tornando amados pelas crianças por ajudar a superar os desafios enfrentados na infância. Eles trazem conforto para a transição da fase de dependência para a independência.
Ter um objeto de transição é saudável
Esse item pode ser considerado como um importante suporte emocional para o seu pequeno. Ele ajuda a diminuir a ansiedade da separação da mãe, e, através da interação, o bebê passa a desenvolver sua criatividade, cognição e afetividade com o meio, o que promove o ganho de autonomia e maior aprendizado.