19 de abril de 2024

Sustentabilidade: conheça o programa de emissão de poluente Proconve L7

O programa tem o objetivo de promover a diminuição de gases poluentes em veículos leves e pesados.

Fundado em 1986, o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) entrou em uma nova fase desde 1º de janeiro de 2022. Batizado de L7, esse novo momento traz atualizações nas exigências regulamentares, que visam a diminuição da emissão de poluentes no Brasil.

Com isso, as montadoras irão precisar se adequar às novas normas para se manterem dentro das exigências do mercado. Nesse cenário, é mais interessante que elas criem programas que valorizem um Renault seminovo, por exemplo, que seja híbrido ou elétrico, em detrimento dos modelos tradicionais.

Mas você sabe do que se trata, exatamente, o Proconve? E quais são as mudanças que a fase L7 traz para o mercado? Conheça mais no texto abaixo.

O que é o Proconve?

Como o próprio nome sugere, o Proconve é a legislação com o objetivo de controlar e reduzir a emissão de poluentes originada de automóveis, incluindo carros, ônibus e caminhões. Para isso, foi necessário criar metas para melhorias no setor e limites de poluentes que poderiam ser emitidos pelos veículos, dentro do prazo estipulado.

Com o passar do tempo, as regras se tornaram cada vez mais rigorosas, sendo que cada nova fase atualizava as normas para o mercado. Para efeito comparativo, antes do início do programa, um veículo leve emitia, em média, 54 g/km de monóxido de carbono (CO). Atualmente, essa média é de 0,4 g/km.

O programa colaborou na promoção da melhoria dos combustíveis automotivos e na modernização do parque industrial brasileiro, além de melhorar a qualidade do ar nas grandes cidades e reduzir a emissão de poluentes. Também foi importante para a adoção e a atualização de tecnologias utilizadas no setor e para a formação de profissionais capacitados e prontos para trabalhar no cenário atual.

Principais mudanças ao longo dos anos

A primeira fase (P1), de 1987, visava a redução na emissão de óxido de nitrogênio (NOx), com o início da calibragem dos sistemas de injeção de combustível. Já a P2 impunha limites relacionados aos ruídos dos veículos, assim como trouxe diretrizes mais claras quanto à inspeção dos automóveis a diesel.

A P3 limitou ainda mais as emissões de enxofre e outros gases poluentes, enquanto a P4 fez com que motores e sistemas de injeção adotassem um conjunto de multiválvulas. A P5, que teve início em 2004, proporcionou a otimização nos combustíveis, além dos motores passarem a ter injetores de alta pressão, intercooler e turbo.

A P6 foi um momento atípico, pois o Brasil não atingiu os limites estabelecidos por falta do diesel adequado. Já a P7, que começou em 2012, trouxe a ampliação do uso do Arla 32, um composto químico injetado no escapamento dos veículos que têm sistema SCR. Ele é capaz de reduzir em até 98% a emissão do NOx.

Quais as mudanças da L7?

Regulamentada em 2018, a nova fase para veículos leves, a L7, trouxe novas limitações para as emissões de gases de escapamento, tornando-as ainda mais restritivas. Também passa a valer uma exigência de durabilidade dobrada, saltando de 80 mil para 160 mil km.

Outra novidade é a inclusão do teste Real Driving Emissions (RDE), que realiza a medida dos poluentes emitidos quando o automóvel trafega na estrada. Já em relação aos veículos pesados, é inaugurada a medição do número de partidas poluentes, sendo que, antes, era medido apenas em massa.

Também foi acrescido um novo teste para verificar se ônibus e caminhões atendem às condições reais de uso, e não somente às laboratoriais. Outra mudança importante é que os novos produtos devem garantir emissões de até 7 anos ou 700 mil km, a depender da categoria.