2 de dezembro de 2024

8 mitos e verdades do trabalho temporário

A escalada do desemprego tem diversos motivos e aspectos. No entanto, frente às necessidades das empresas e demandas específicas, cresce a oferta de trabalho temporário por parte de empreendimentos que precisam de mão de obra por um período determinado. 

Apesar de muitas pessoas pensarem no trabalho temporário como algo negativo, com tarefas tediosas e sem nenhum valor curricular, a verdade pode ser bem diferente, demandando ressignificar toda a situação. 

Até pode ocorrer de trabalhos repetitivos em uma linha de produção, ou então para a substituição de uma pessoa que atua em áreas que não demandam capacitação técnica avançada. 

No entanto, as oportunidades podem ir além, e essas crenças não demonstram a noção de um quadro muito superior. 

O trabalho temporário é uma das peças mais incompreendidas do futuro nas questões sociais e produtivas da sociedade.

Desde já, e ao longo dos próximos anos, os mais diferentes modelos de atividade temporária terão papel importante na construção de novas vagas de emprego.

Na verdade, muitos profissionais procuram vagas temporárias como forma de entrar no mercado de trabalho, com a intenção de encontrar um emprego com contrato fixo, ou ampliar suas experiências e rendas. 

Do mesmo modo, muitas empresas utilizam esse artifício exatamente para encontrar alguém que tenha o perfil ideal para determinado cargo, e assim possa contratar de maneira definitiva, passando os ensinamentos necessários e avaliando se o perfil se adequa ao esperado no negócio.

O que diz a legislação sobre o trabalho temporário

Para entender de maneira ampla os mitos e verdades sobre o trabalho temporário, é preciso verificar o que diz a legislação trabalhista sobre esse modelo de contratação. 

Primeiro, é preciso entender que os funcionários temporários são normalmente contratados para cobrir vagas que se mostram disponíveis por tempo determinado, como:

  • Cobertura de licença-maternidade;
  • Invalidez de outrem;
  • Períodos sazonais;
  • Vagas temporárias.

Nesse sentido, as empresas costumam contratar pessoas para preencher lacunas na força de trabalho de modo a garantir a produtividade e atendimento ao mercado consumidor. 

Para isso, a legislação trabalhista determina, de acordo com o artigo 2º do Decreto 10.060/2019, que os funcionários temporários sejam contratados por meio de uma agência de recrutamento que direciona os profissionais que atendem aos perfis de determinadas vagas. 

Para atender as especificidades técnicas sobre a contratação de um profissional por período temporário, conforme determinação do artigo 27 do mesmo decreto, estabelece que a duração do contrato deve ser de 180 dias, podendo contar com uma prorrogação de mais 90 dias. 

A subordinação do trabalhador temporário é diretamente relacionada à empresa que contrata, sendo obrigada a todos os encargos trabalhistas. 

A carteira de trabalho recebe a anotação sobre qual a condição de contrato, conforme determinado no artigo 9º do Decreto 10.060/2019.

Nestes casos, as agências de trabalho disponibilizam recrutadores profissionais, e assim direcionam os trabalhadores seguindo diretrizes básicas para atender tanto as empresas quanto os funcionários, como:

  • Atividades e tarefas;
  • Cargo disponível;
  • Currículo;
  • Localização.

As agências estão prontas para atuar em favor da legislação, atendendo todos os requisitos tanto dos empregados temporários quanto dos empregadores. 

Assim, elas auxiliam na organização dos currículos e toda a documentação, além de fornecer informações sobre o mercado de trabalho.

Mitos e verdades que precisam de esclarecimento

Quando se trata de questões que envolvem o trabalho temporário, há muita desinformação ou má vontade em esclarecer sobre esse modelo tão em voga nos tempos atuais. 

Determinados mitos levam muitos profissionais a evitar oportunidades que têm potencial para impulsionar a carreira. Tudo por causa do status de “temporário”. 

Ao compreender a verdade, é possível enxergar os benefícios quando se busca por posições temporárias. 

A seguir estão 8 mitos mais difundidos, e a verdade que está por trás, que todos devem conhecer, e acreditar mais no potencial que um trabalho temporário pode promover. 

  1. Empregos temporários são de baixa qualificação

Um dos maiores mitos é que os cargos não envolvem muito em termos de habilidades. Muitas clínicas médicas podem precisar substituir um urologista particular em uma cirurgia, para cobrir a vaga de outro profissional, e isso é mais comum do que se imagina. 

Outras áreas médicas, assim como capacitações profissionais que exigem qualificação alta, são voltadas para empregos temporários que ajudam, até mesmo, para se especializar em assuntos específicos e direcionados.

Da mesma forma, pode haver oportunidades para trabalhadores e profissionais iniciantes em qualquer etapa da carreira, cobrindo praticamente qualquer campo de atuação.

  1. Cargos temporários não ajudam no currículo

Existem pessoas que não acreditam que é errado listar uma posição temporária no currículo. 

Outras temem que, ao incluir empregos de curto prazo, podem refletir de forma negativa sobre o profissional, fazendo com que pareça um candidato que não tem comprometimento.

No final, nada disso é verdade, pois o trabalho temporário em uma empresa de conservação e limpeza em BH pode entrar no histórico profissional, assim como qualquer outra função prestada, sendo devidamente explicada para demonstrar a destreza e comprometimento.

As pessoas responsáveis pelo setor de RH (Recursos Humanos) entendem que posições contratuais são comuns, desde que esteja rotulado como função temporária dentro do currículo. Isso impede qualquer suposição incorreta. 

  1. Dificulta a procura por vagas de emprego

Muitas empresas que procuram por profissionais que possam cobrir uma vaga de trabalho temporário disponibilizam períodos específicos do dia, seja manhã, tarde ou noite. 

Restaurantes, lanchonetes, empresas de acabamento da área da construção civil que instalam piso epoxi industrial preço m2 podem precisar de mão de obra para horários que podem ser ajustados ao longo de 24 horas. 

Dessa forma, o emprego temporário não afeta a capacidade de alguém que continua à procura de emprego de maneira significativa. No máximo, o que é necessário fazer é ajustar a rotina e a tratativa de determinadas atividades. 

Isso é, é preciso realizar as tarefas de forma pontual e com afinco, mas se programar para que possa procurar por outras oportunidades profissionais que se adequam à capacitação técnica e habilidades específicas, caso deseje e seja necessário.

  1. Empregos temporários são de curto prazo

Como previsto pela legislação trabalhista, sob o Decreto 10.060/2019, o período de contrato de trabalho temporário pode ser de até 180 dias, com possibilidade de prorrogação de até 90 dias, corridos ou intercalados. 

Há posições temporárias que podem durar apenas algumas horas, dias ou semanas. Além disso, um profissional pode trabalhar em tempo integral em cargos temporários, levando em consideração que muitos se concentram em horários de meio período. 

Um atendente que atua por trás de um balcão expositor seco para bolos no período da manhã pode trabalhar em qualquer outra atividade no período da tarde ou da noite. 

Tudo é uma questão de habilidade, dedicação e adaptação à uma realidade que pode ser encontrada em diferentes setores produtivos.

  1. Não permite conseguir uma posição permanente

Esse mito deve cair por terra o quanto antes, já que muitos profissionais temem aceitar um emprego temporário que possa prejudicar as chances de conseguir uma posição permanente. 

Dentro de um trabalho temporário é possível ganhar habilidades e experiências valiosas. Além disso, pode apresentar a oportunidade de preencher uma lacuna no currículo, tornando-se um candidato mais interessante para as empresas. 

Um vendedor que atua na área de promoção de cortina blackout como trabalhador temporário pode se tornar um empregado de sucesso dentro da própria empresa, caso haja a possibilidade, bem como pode agregar experiências importantes para alcançar novas oportunidades.

Para isso é preciso demonstrar um bom desempenho, habilidades técnicas e afinco junto às outras equipes de trabalho e à política empresarial.

Tudo isso pode resultar em uma vaga permanente, permitindo que o profissional passe de temporário para empregado definitivo em uma posição que se reconheça, dentro de uma empresa que estima.

  1. Trabalhadores carecem de qualificação

Os trabalhadores que atuam como fornecedores de brindes corporativos podem atender a diferentes empresas de forma temporária, sem qualquer tipo de qualificação, além de conhecer os produtos que oferecem aos clientes.

Isso é, o nível de qualificação de um trabalhador temporário não demanda um diploma universitário ou um curso técnico específico, conforme o cargo disponibilizado.

O que ocorre é que muitas agências recrutadoras oferecem cursos e treinamentos para promover a formação contínua de trabalhadores temporários e, com isso, passam a oferecer melhores profissionais para o mercado de trabalho.

  1. Vagas disponíveis apenas para jovens estudantes

Outro mito que não deve ser levado em consideração é o perfil e a idade dos profissionais que podem ser contratados. 

Afinal, para além da idade, muitas pessoas que trabalham em um escritório de ADM condominial precisam compreender a situação desses modelos habitacionais, e tudo que envolve as atividades na prática. 

Apesar disso, muitos jovens buscam os trabalhos temporários para reforçar a renda, ou mesmo uma vaga de estágio para entender sobre uma área profissional além da técnica, e sim na prática. 

De qualquer forma, pessoas com idade avançada também tem muito a oferecer às empresas, mesmo em um trabalho temporário, sendo que a experiência e as competências agregadas também devem ser levadas em consideração.

  1. Trabalho temporário é opção para fracassados

Por fim, é preciso desmistificar que um representante de camara fria para distribuidora, ou qualquer outro setor, é um profissional fracassado.

Muitas vezes, a pessoa está procurando se adaptar a uma profissão, tentando encontrar um lugar no mundo. 

O trabalho temporário permite essa liberdade, e deve ser encarada tanto por empregados quanto por empregadores.

Conclusão

Para finalizar, é importante destacar que o trabalho temporário pode sim se transformar em uma oportunidade de emprego em tempo integral. Basta que a vaga exista e o empregado demonstre valor na realização das tarefas, seja trabalhando de forma individual ou em equipe. 

Muitas vezes, isso significa ir além das expectativas, superando em diferentes aspectos e situações a quem está responsável pela gestão ou liderança na empresa.

Ou seja, os empregadores podem perceber todo o esforço empreendido, se questionando o quando um funcionário temporário pode prosperar a longo prazo. Ainda mais caso seja necessário assumir responsabilidades adicionais, que podem ser mais complexas.

Além disso, a soma de habilidades pode garantir a manutenção de uma carreira almejada. Quem aprende mais dentro de um período de trabalho temporário pode oferecer muito mais para conhecer sobre aspectos técnicos, uso de sistemas e softwares, entre outras tarefas. 

O trabalho temporário não deve ser ignorado, nem por empresas, nem por profissionais. Sabendo aproveitar o momento, é possível traçar o caminho certo rumo ao sucesso, para ambos os lados. 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Business Connection, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.