21 de novembro de 2024

Primeiro quadrimestre do ano tem recorde de venda de carros elétricos no Brasil

Números de janeiro a abril de 2021 já mostram os melhores resultados registrados desde 2012.

Com o crescente aumento do valor da gasolina, a compra de veículos elétricos ganhou mais força. Para muitos, essa tecnologia ainda parece algo distante. No entanto, ela já está presente no dia a dia — e mais do que se imagina.

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) registrou o melhor quadrimestre da série histórica, iniciada em 2012. Foram 7290 veículos novos emplacados de janeiro a abril de 2021 — um aumento de 29,4% em comparação ao primeiro quadrimestre de 2020 (5633 unidades).

O aumento é contínuo. De 2019 para 2020, houve crescimento de 66,5% em relação aos 11.858 emplacamentos de 2019. E não para por aí: a ABVE também prevê que haja o emplacamento de mais de 28 mil veículos apenas em 2021. Caso essa previsão se confirme, será um aumento de 42% sobre os 19.745 emplacamentos de 2020.

Abril e o auge dos veículos elétricos no Brasil

O mês de abril registrou o maior número de emplacamentos de veículos no Brasil, com 2.708 veículos. De janeiro de 2012 a abril de 2021, a frota elétrica no país chegou a 49.559 carros. Os carros elétricos ainda têm custo elevado se comparados aos tradicionais. Mas de acordo com a Associação, pela primeira vez a compra desses veículos chegou a 1% das vendas totais no mercado brasileiro.

Como os carros elétricos funcionam

Como o nome já indica, os veículos elétricos funcionam apenas por eletricidade. Pode ter mais de um, dois ou mais motores, mas eles dependerão das baterias (geralmente, de íons de lítio) para funcionar. Por ser recente e com desenvolvimento complexo, é uma tecnologia de custo ainda elevado para o consumidor. Com o avanço da produção e maior facilidade em obter essa tecnologia, o preço acaba diminuindo e chegando perto do cobrado em carros convencionais.

Veículo híbrido

Já o veículo híbrido combina um propulsor elétrico e outro a combustão, ambos ao mesmo tempo. Ele pode até funcionar apenas com o propulsor térmico para economizar combustível, mas perderá no quesito desempenho. Mas quando a energia da bateria está chegando ao fim, o motor a combustão é ligado para funcionar como gerador para recarregar as baterias. Os carros elétricos incluem automóveis e carros comerciais leves híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e elétricos a bateria (BEV).

Carregamento

A maioria dos carros elétricos tem carregador próprio que pode ser instalado na rede elétrica da residência. O carregamento é bem rápido: 80% em aproximadamente meia hora. Já o carregamento em tomada convencional é bem mais lento — entre oito e dez horas. Além disso, ela precisa ser de 220 W e aterrada.

Manutenção

Apesar de ter um preço mais alto quando comparado ao movido a combustível, a manutenção do veículo elétrico é bem mais em conta. Ele costuma ter menos peças e não precisa de uma série de componentes essenciais aos veículos tradicionais, como embreagem, fluido de arrefecimento do motor e velas de ignição.

Atuação do Inmetro na qualidade das baterias

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) anunciou que Duque de Caxias (RJ) receberá o primeiro laboratório privado e tecnológico de testes para baterias de carros elétricos no Brasil. O espaço também será o primeiro da América Latina a estabelecer requisitos básicos de qualidade para  veículos elétricos e híbridos.

Com essa criação, que ficará no campus do Inmetro com outros 56 laboratórios tecnológicos, o Instituto pretende estabelecer uma infraestrutura de qualidade para o desenvolvimento de carros elétricos no Brasil, pois a projeção é de que 60% da frota seja formada por veículos com bateria até 2035. A previsão é de que o laboratório fique pronto em 2023.