23 de novembro de 2024

Entenda como funciona a introdução alimentar na rotina das crianças

A alimentação impacta diretamente no desenvolvimento do seu filho

Quando chega o momento de apresentar novos alimentos para as crianças, abre-se um mundo de possibilidades, repleto de sabores, texturas e cores. Essa é uma fase muito marcante e importante na vida dos pequenos, visto que a introdução alimentar pode representar um futuro saudável.

No entanto, os rins e o sistema digestório das crianças pequenas são imaturos, o que limita a habilidade de absorver determinados nutrientes, aumentando as chances de reações alérgicas e de hipersensibilidade. Por isso, somente após os 6 meses de idade é indicado introduzir legumes frescos e outros alimentos na dieta dos pequenos.

Neste artigo, você vai encontrar dicas de como introduzir novos alimentos na dieta dos seus filhos, de acordo com a faixa etária, para que ele cresça forte e com saúde. Fique com a gente e boa leitura!

De 0 a 6 meses

Nessa fase da vida do bebê, a alimentação deve ser composta somente pelo leite materno. Na impossibilidade ou necessidade de complementação do aleitamento materno, pode ser utilizada uma fórmula indicada pelo pediatra que acompanha a criança.

O leite materno possui nutrientes suficientes para suprir todas as necessidades do bebê, além de fornecer anticorpos que são produzidos no organismo da mãe.

Portanto, nada deve ser oferecido ao bebê, uma vez que qualquer alimento diferente do leite materno ou da fórmula indicada pelo pediatra pode provocar alergia, diarreia e até baixo peso na criança.

Se seu filho se alimenta exclusivamente do peito, nem mesmo água é necessário, uma vez que o leite materno é suficiente para mantê-lo hidratado.

De 6 meses a 2 anos 

Aqui, tem início a fase da introdução alimentar, em que novos alimentos são apresentados à criança.

Os pais podem iniciar esse processo com frutas macias, como manga e banana, raízes, como batata, mandioquinha e batata-doce, e vegetais, como brócolis cozido. 

Aos poucos, você pode começar a montar pratinhos de comida compostos por cereais e grãos (quinoa, milho, arroz), leguminosas (lentilha, grão de bico e feijão) e proteínas (ovos e carnes).

Após o primeiro ano de idade, também podem ser oferecidos legumes como abóbora, berinjela, abobrinha, tomate e cenoura.

Segundo alguns especialistas, as tradicionais sopinhas batidas no liquidificador devem ser deixadas de lado. O  melhor é amassar os ingredientes com o garfo e deixá-los em pequenos pedaços.

Porém, sempre respeitando a capacidade de mastigação e deglutição de cada criança, que pode variar bastante. Gradativamente, você deve deixar a textura dos alimentos cada vez mais próxima da original.

Os alimentos minimamente processados, como macarrão e farinha, também podem ser oferecidos, mas os processados de uso culinário, como sal, açúcar e outras substâncias, devem ser ignorados.

De 2 a 6 anos

Nessa faixa etária, você deve continuar introduzindo novos alimentos na dieta da criança, visando o hábito da alimentação saudável. Aqui, é importante oferecer alimentos ricos em nutrientes, como cálcio, zinco, ferro, vitaminas A e D e fibras. 

As fibras também são muito importantes nessa faixa etária, pois contribuem para o bom funcionamento intestinal e ajudam no tratamento da prisão de ventre, que é bem comum na infância. Veja a seguir alguns dos alimentos que devem ser oferecidos para a criança:

  • cálcio (leite, iogurte, queijos e vegetais de cor verde escura);
  • zinco (carne vermelha);
  • vitamina A (beterraba, mamão e cenoura);
  • vitamina B (peixes e carnes em geral).

A partir dos 2 anos de vida já é permitido o consumo de açúcar, porém, com muita moderação. De todo modo, cabe a você fazer as escolhas mais saudáveis. 

Por exemplo, oferecer um bolo de banana caseiro para a criança é bem diferente de consumir doces industrializados, que são cheios de corante e açúcar.

Nessa fase da vida da criança, evite oferecer bebidas adocicadas, como achocolatados, sobretudo quando o pequeno se recusa a comer outros tipos de alimentos. É preciso ter em mente que esses alimentos têm um alto teor de açúcar e são compostos por ingredientes cheios de aditivos, como aromatizantes, conservantes, corantes, antiumectantes e espessantes.

Por fim, vale ressaltar que é fundamental observar e estimular ao máximo as crianças em cada uma das fases da introdução alimentar citadas, bem como participar das refeições em família e dar o exemplo. Assim, a criança tende a imitar suas escolhas.